E é nos últimos 15 minutos de uma longa sexta feira que eu fico inspirada...
Quando eu era criança, fiz parte de várias apresentações na escola. Na 1ª série, a profª Marli deu como trabalho extra classe, encenar uma das histórias do nosso livro de Português. A grande parte das meninas da sala queriam ser a atriz principal, aquela da história clichê e melancólica. E sim, eu era uma dessas meninas.
Três meses de ensaios se passaram e quando chegou o dia da professora escolher os papeis, nenhuma grande surpresa. A Veridiana, loira e olhos azuis pegou o tal papel cobiçado. Eu? Eu fui uma estrela no céu. Eu e mais três estrelas, iguais a mim. Minha única ação no palco era ficar em pé com os braços afastados. Mas eu tinha uma máscara. Ah, que máscara... lantejoulas e aquela parafernalha. Foi ali que eu me dei conta de que aquela cena da mocinha com o mocinho e todo aquele doce de leite enjoativo...simplesmente não era pra mim.
Ao inves disso, eu achei melhor colecionar algumas estrelas. Mesmo que elas fiquei ali, paradas de braços abertos no céu, sem nada fazer.Hoje, uma das minhas estrelas ficou mais bonita.
"Feliz Aniversáááário", (hahaha) Guilherme. E se dê por satisfeito de você ser uma das estrelas e tal, entendeu?
Afinal de contas, eu acabei me dando conta que toda a história mocinha, cachinhos dourados, doce de leite e etc. é tão difícil de acontecer. Mas as estrelas, ah, elas tão sempre por perto...
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